quarta-feira, 25 de maio de 2011

A arte de imitar a vida.

Sou uma pessoa que aprecia as artes. Literatura, música, teatro... E esse último item, em especial, tem marcado presença nos meus dias ultimamente.
Moro em uma cidade - Blumenau - que possui um dos teatros mais antigos do Brasil, o Teatro Carlos Gomes, além de uma Fundação Cultural que é destaque nacional. Nesses locais o teatro ocupa um lugar especial. Temos a Temporada Blumenauense de Teatro, o Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau (FITUB), o Festival Nacional de Teatro Infantil de Blumenau (FENATIB), o Projeto Palco Aldeia Giratório SESC, além de várias peças que se apresentam na cidade fora dessas temporadas.

No post de hoje quero falar um pouco sobre esses espaços que trazem para Blumenau apresentações maravilhosas, dignas de muitos aplausos.
E uma observação: a divulgação que estou fazendo dos festivais e temporadas blumenauenses de teatro é um convite para todos que moram na cidade e região para prestigiarem as peças. Além de ser uma forma de mostrar que a cidade oferece muito mais do que uma Festa do Chopp. 

Vamos lá, então!

FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO UNIVERSITÁRIO DE BLUMENAU (FITUB): criado no ano de 1987, o FITUB eleva o nome da Universidade Regional de Blumenau (FURB) no âmbito do teatro nacional. Além de envolver diversos estados brasileiros, nos últimos anos vem conquistando a participação de grupos teatrais da América do Sul. 
Neste ano, o FITUB acontece de 08 a 16 de julho. As peças, porém, ainda não foram divulgadas. 


PS.: as inscrições já foram encerradas!

TEMPORADA BLUMENAUENSE DE TEATRO: promovida pelos grupos teatrais da cidade em parceria com a Fundação Cultural de Blumenau. Na última semana, inclusive, a VII fase do Bacharelado de Artes Cênicas da FURB apresentou uma peça muito boa no espaço da Fundação. "Cinco ou seis coisas que eu sei" foi uma peça entremeada por textos e músicas e a sequência de cenas fez a constituição do povo brasileiro até os dias de hoje. 




FESTIVAL NACIONAL DE TEATRO INFANTIL DE BLUMENAU (FENATIB): festival que encanta crianças e adultos pela sua beleza e pelas suas peças educacionais. Quando pequena meus pais me levavam a esse festival todos os anos. É novidade dizer que eu ADORAVA? hahaha.



PROJETO ALDEIA PALCO GIRATÓRIO DO SESC: Atualmente são nove festivais que se distribuem  pelo território brasileiro e aportam nas capitais: Fortaleza (CE), Recife (PE), Porto Alegre (RS), Cuiabá (MT), Brasília (DF), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Florianópolis (SC), além de mais 25 cidades - como Blumenau. Tive a oportunidade de assistir a duas peças nessa semana que passou: "Estrangeiros", no último dia 15, e "Outsider" da Trilogia Lugosi, no dia 22. Duas peças magníficas que mexeram com o psicológico de todos que tiveram a oportunidade de  assisti-las. 

Autor da peça "Outsider", Renato Turnes

Fico indignada quando ouço das pessoas que Blumenau não apoia a cultura. Estão aí as diversas oportunidades que todos têm de apreciar essa arte tão bela, já que a maioria das peças são gratuitas e têm no fim de semana, então tempo e dinheiro não são desculpas. 
Devemos apoiar essa expressão tão bonita. Eu realmente gosto do teatro e digo que não há imitação melhor da vida, não há uma forma melhor de conseguirmos enxergar nossa realidade. 

Por enquanto é só pessoal!
Quando tiver mais informações a respeito das peças do FITUB divulgo aqui no Safra! =)

Beijo :*


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Rock 'n' Roll Music

Olá povo bonito! Mais uma vez venho aqui para falar de coisas que eu gosto e espero que vocês gostem também, e se não for para gostar, que seja apenas para conhecer! A escolha do tema da semana é sempre complicada. Então, mais uma vez, falarei dos acordes que me deliciam. Porém, hoje quero falar do Rock Retrô, aquele som gostoso que é capaz de entrar em sua mente e te transportar para uma época diferente. Meus favoritos:

Ramones: Banda estadunidense de punk rock formada em 1974. Uma das bandas mais influentes da história do rock. No início dos anos 1970 surgiam várias vertentes do rock nos Estados Unidos e no Reino Unido; o punk rock foi uma delas. Em 30 de março de 1974 os Ramones tocaram pela primeira vez, como um trio (Joey, Dee Dee e Johnny). Em 16 de abril do mesmo ano, a banda realizou sua primeira apresentação no bar CBGB, que se tornava o refúgio do rock underground nova-iorquino da época.. Ao longo de seus 22 anos de existência, os Ramones totalizaram 2.263 apresentações ao redor do mundo (Inclusive no Brasil!). O último show foi realizado em Los Angeles, Califórnia, em 16 de julho de 1996. Quem nunca cantarolou “Hey Ho, Let’s go” na hora de sair de algum lugar? HAHAHA.


The Animals: foi uma banda de rock britânica dos anos 1960 formada em Newcastle Upon Tyne por Eric Burdon (vocais), Alan Price (órgão), Hilton Valentine (guitarra), John Steel (bateria) e Chas Chandler (baixo). Buscavam as raízes do blues e do folk, sendo influenciados por Chuck Berry (com quem fizeram uma turnê), Bob Dylan, Nina Simone, Little Richard e Bo Diddley. O sucesso moderado do grupo em sua terra natal os motivou a se mudarem para Londres em 1964, bem em tempo de serem incluídos na Invasão Britânica. Uma banda pouco conhecida para a qualidade de suas músicas, eu adoro!


The Beatles: Banda de rock britânica, formada em Liverpool em 1960 e o grupo musical mais comercialmente bem-sucedido e aclamado da história da música popular. A partir de 1962, o grupo era formado por John Lennon (guitarra rítmica e vocal), Paul McCartney (baixo e vocal), George Harrison (guitarra solo e vocal) e Ringo Starr (bateria e vocal). Enraizada do skiffle e do rock and roll da década de 1950, a banda veio mais tarde a assumir diversos gêneros que vão do folk rock ao rock psicodélico, muitas vezes incorporando elementos da música clássica e outros, em formas inovadoras e criativas. Sua crescente popularidade, que a imprensa britânica chamava de "Beatlemania", fez com que eles crescessem em sofisticação. Os Beatles vieram a ser percebidos como a encarnação de ideais progressistas e sua influência se estendeu até as revoluções sociais e culturais da década de 1960. Aaah, são tantos sucessos, tanta coisa boa para mencionar tanto da banda como de cada Beatle em especial, não posso esconder minha predileção pelos Reis do Iê Iê Iê. Mas deixo eles falarem por si só:


The Who: é uma banda de rock britânica surgida em 1964. A formação original era composta por Pete Townshend (guitarra), Roger Daltrey (vocais), John Entwistle (baixo) e Keith Moon(bateria). O grupo alcançou fama internacional, se tornou conhecido pelo dinamismo de suas apresentações e passou a ser considerado uma das maiores bandas de rock and roll de todos os tempos. Eles também são julgados pioneiros do estilo, popularizando entre outras coisas a ópera rock (principalmente com Tommy), sob a liderança de Pete Townshend. Conheci The Who há uns cinco anos, através de uma amigo e nunca mais larguei. Fala sério, é impossível ouvir “My Generation” e perceber como as coisas (quase não) mudam através dos tempos né?

Bob Dylan: Robert Allen Zimmerman, mais conhecido como Bob Dylan (Duluth, 24 de maio de1941), é um cantor e compositor norte-americano. Nascido no estado de Minnesota, neto de imigrantes judeus russos, aos dez anos de idade Dylan escreveu seus primeiros poemas e, ainda adolescente, aprendeu piano e guitarra sozinho. Começou cantando em grupos de rock, imitando Little Richard e Buddy Holly, mas quando foi para a Universidade de Minnesota em 1959, voltou-se para a folk music, impressionado com a obra musical do lendário cantor folk Woody Guthrie, a quem foi visitar em Nova York em 1961. Em 2004, Bob Dylan foi escolhido pela revista Rolling Stone, como o 2º melhor artista de todos os tempos, ficando atrás somente dos Beatles e uma de suas principais canções, Like a Rolling Stone, foi escolhida como a melhor de todos os tempos. Influenciou diretamente grandes nomes do rock americano e britânico dos anos de 1960 e 1970, destacando-se aí The Beatles, notadamente nas composições de John Lennon, a partir do álbum Rubber Soul de 1965. Meu Forever Young lindo, talentoso é um ícone do Rock, isso não há quem não concorde. Eu acho incrível a capacidade que ele tem de unir as palavras e criar coisas simples e uinusitadas. Adoro, adoro e adoro!

The Stooges: foi uma banda de proto-punk norte-americana formada no final dos anos 60. The Stooges foi uma daquelas bandas de passagem meteórica que marcaram o nome na história da música. Iggy Pop, nome artístico de James Newell Osterberg liderou o grupo e tornou-se um ícone cultural pop nas últimas décadas. Ele tocou nos grupos Iguanas e Prime Moversantes de montar o seu próprio, o The Stooges, em 1967, em Michigan, nos Estados Unidos. Conheço bem pouco da história dessa banda, mas adoro as músicas, me encantei desde a primeira vez que ouvi!

The Kinks: banda de rock britânica formada em Muswell Hill, Londres, pelos irmãos Ray e Dave Davies em 1964. Categorizados nos Estados Unidos como uma banda da Invasão Britânica, os Kinks são reconhecidos como um dos mais importantes e influentes grupos de rock de sua geração. Sua música surgiu a partir de influências de vários estilos musicais, incluindo rhythm and blues, music hall britânica, folk e country. Ray Davies (vocais, guitarra rítmica) e Dave Davies (guitarra base, vocais) permaneceram como os únicos integrantes originais durante os 32 anos de carreira do grupo. Os outros dois membros fundadores, Peter Quaife (baixo, vocais) e Mick Avory (bateria, percussão) foram substituídos respectivamente por John Dalton em 1969 e Bob Henrit em 1984. Dalton por sua vez foi substituído por Jim Rodford em 1978. O tecladista Nicky Hopkins acompanhou a banda durante suas sessões de gravação em meados da década de 1960. Posteriormente vários tecladistas, incluindo John Gosling e Ian Gibbons, se tornaram integrantes oficiais. Ok, também não conheço muito bem, mas é imposs´vel ficar parada ao som de seus canções vibrantes. Vale super a pena!


Espero que tenham curtido essas músicas tanto quanto eu! Queria saber o que vocês acham sobre esse som delicioso, pode ser? Até a próxima!


Beijosmil :*

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Extra #03


E eu quero brincar de esconde-esconde, te emprestar minhas roupas, dizer que amo seus sapatos, sentar na escada enquanto você toma banho...






Curta filmado sobre um telhado em Londres durante um único dia. Parte do filme "Crave", de Sarah Kane, uma escritora muito talentosa, mas que não conseguiu que o seu trabalho fosse apreciado por muitos até que fosse tarde demais. Ela cometeu suicídio aos 28 anos enforcando-se em um banheiro no London's King's College Hospital. 

Direção: Michael Tamman & Richard Jakes

Atores: Christopher Dunlop and Fiona Pearce

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Extra #02

Mesmo que a gente tente disfarçar Tudo tá fora do lugar Sozinho eu não posso seguir Eu não consigo sem você aqui ♫ <3

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A favor dos olhos de ressaca!

"Ler é viajar!"

Essa frase é antiga e já foi usada em inúmeros livros, revistas, panfletos etc.
Mas você, caro leitor, já viajou enquanto lia?
Nem todos conseguem. Para conseguir viver outra realidade enquanto está devorando as páginas de um livro, a pessoa precisa se entregar totalmente às palavras. Para viajar com uma obra literária você precisa sentir o que as personagens sentem; gostar do mocinho e odiar o vilão (ou ao contrário); precisa viver a história. Somente assim o leitor terá uma das melhores sensações que existem. Mergulhando na história, você é o único que poderá discutir fervorosamente o enredo em questão.

Há uma obra em especial, que eu já li muitas vezes,  e que me faz viajar a cada linha que meus olhos transcorrem: Dom Casmurro, de Machado de Assis.
Essa obra vem sendo alvo de discussão desde o ano em que foi publicada, em 1899.
Por ter grande interesse na história, li também a recriação literária do autor Fernando Sabino, em que ele faz uma leitura fiel do romance, mas sem o narrador Dom Casmurro e cujo título é Amor de Capitu; além da obra Enquanto isso em Dom Casmurro, do escritor blumenauense José Endoença Martins, em que ele traz a personagem machadiana Capitu para um panorama moderno, isto é, a moça em Blumenau no ano de 1992, em plena moda Sula Miranda. E ainda vi, em DVD, a adaptação para minissérie que a Rede Globo produziu. Um belo trabalho artístico, embalado pela música Elephant Gun, do Beirut.




Tendo essas três obras de apoio, mais o trabalho visual, utilizo o meu espaço no Safra para defender Dona Capitolina!

Digo, primeiramente, que defendo Capitu porque todas as mulheres são Capitus. Para entendermos isso melhor, porém, temos que traçar um perfil superficial da nossa formosa moça.


Capitu era bela. Desde moça sempre se preocupou com sua imagem. Possuía olhos belíssimos, que foram definidos por José Dias como "olhos de cigana oblíqua e dissimulada" e, em outro momento do livro, como "olhos de ressaca". Era boa filha, sempre ajudando nas atividades domésticas; moça educada e prestativa, indo sempre visitar Dona Glória e fazer-lhe companhia nos momentos de ausência de Bentinho; frequentava a Igreja e era bem vista pelos olhos do Padre Cabral. Enfim, era uma moça como qualquer outra: curiosa, esperta, sorridente, sem muitas preocupações.

Quando mulher, suas qualidades somente aumentaram. E as que já existiam, mais fortalecidas ficaram. Nesse momento, ela assumiu mais dois papéis: mãe e esposa. Comportava-se finamente ao lado de se marido nos jantares, no teatro, na ópera e nos bailes. Cuidava de seu filho, Ezequiel, como sendo seu maior tesouro. Visitava sua sogra, que encontrava-se com mais idade. Cumpria suas obrigações dignamente.

Capitu era independente, tinha opinião sobre qualquer assunto, era atrevida, não sentia vergonha em perguntar sobre tudo o que a interessava. Era alegre, gostava de chamar atenção por onde passava, ainda mais depois de casada.

"Não lhe bastava ser casada entre quatro paredes e algumas árvores; precisava do resto do mundo também." (Dom Casmurro, página 141)

Capitu era assim, esse tipo de mulher. Aos meus olhos, uma moça como qualquer outra. E apesar de ter sido criada por Machado de Assis no século XIX, seus modos de ser e agir assemelham-se com os modos das mulheres contemporâneas.

As mulheres atuais também são lindíssimas, gostam de manter a aparência sempre agradável aos olhos alheios, querem sempre ser  centro das atenções. Na época de Capitu, ela conseguia isso com facilidade, pois era uma mulher que sentia-se confiante com sua aparência, ao ponto de transparecer isso aos demais  e de fazer com que todos a olhassem, percebessem sua presença. Hoje, somos muitas no mundo, entretanto, todas conseguimos nosso lugar de destaque. Há aquelas que assumem cargos de destaque, como o de presidente de um país ou de uma mega empresa; há aquelas que utilizam seus dons artísticos e viram ícones da música, da literatura ou do teatro; e há aquelas que destacam-se por serem ótimas mães, avós, irmãs, filhas.

Como se vê, Capitolina não diferenciava-se das mulheres de hoje, nem das que vieram antes dela.
O problema todo foi Bentinho. Ele achava que possuía Capitu e que nenhum outro olhar poderia recair sobre ela, a não ser o seu. O ciúme cegou Bento Santiago por completo, sendo que todas as situações ficavam distorcidas para ele. Coitado de Escobar... Era bom moço, dedicado ao comércio, e mesmo depois de morto foi acusado de traidor.
Devido á cegueira do marido de Capitu, até hoje a moça é acusada de adultério.
OBS.: isso que eu nem vou comentar sobre a hipótese de Bentinho ser gay.

Como há Capitus no mundo de hoje, há Bentinhos também. Homens que não aprenderam o sentido de amor e confiar em uma mulher, homens que deveriam ler todos os dias esse trecho de Dom Casmurro:

"Não tenhas ciúmes da tua mulher para que ela não se meta a enganar-te com a malícia que aprender de ti."

Infelizmente, o ódio cega e forma nuvens escuras na mente de um homem. Isso aconteceu com Bentinho e acontece diariamente com todos os homens. Eles têm ao seu lado mulheres que estão aos seus lado  por os amarem, mas por não entenderem o sentimento puro e verdadeiro que é o amor,  pensam que suas mulheres são capazes de trocá-los por um brilhante qualquer.

Com tudo isso quero dizer que Capitu foi mal falada por todos esses anor, tida como a mulher que teve um caso com o melhor amigo do seu marido. Enganam-se, todos! Julgam-na por ser mulher, simplesmente.

A única coisa que ela queria era ser reconhecida como aquela boa moça que cuidou de seu pai quando sua mãe faleceu; aquela que esperou Bentinho por tanto tempo para depois entregar-se nos braços dele e consumar o amor da adolescência; aquela que fazia companhia para D. Glória na ausência do filho; a boa amiga que cuidou de Sancha no momento de sua doença; a que se preocupou com o bem-estar do marido acima de tudo, e que até guardou 10 libras esterlinas ao invés de gastar com sapatos; aquele que teve um filho e cuidou dele como uma leoa. Capitolina gostaria de ser vista como aquela que sempre amou Bento Santiago e que seria incapaz de trair esse amor de tantos anos.

Homens tolos esses que têm a companhia de uma Capitu e não valorizam. E tudo porque sentem-se inseguros  ao lado delas.

Capitu sou eu, sou você, somos todas! Somos herdeiras da menina com olhos de ressaca, aquela que sacrificou seus anos de juventude para esperar pelo homem que amava, que morreu acreditando que seu marido, apesar de todas as maldades que fez contra ela, era um homem bom.

Capitu só queria viver. E ela sentia-se viva ao lado de Bentinho.
Ele tirou-lhe seu único motivo para respirar.


Capitolina não traiu Bentinho e ponto final.


Deixo para vocês esse vídeo que traz imagens da linda Capitu, embalado pela música estonteante do Beirut.



Kiss :*