quarta-feira, 27 de julho de 2011

Veja, ouça e discuta!

Os especialistas em rodas de conversa dizem que há três assuntos que nunca devem ser discutidos: futebol, política e religião. Eu não concordo! Vivemos em uma sociedade que orgulha-se em mostrar ao restante do mundo que em seu território há liberdade de expressão. Cadê, porém, essa liberdade de expressão nas épocas de eleição? E nos estádios de futebol? E na fé de cada indivíduo? Vamos começar a discutir essas questões.

Round 01: Política
Temos atualmente no país 27 partidos políticos registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), cada um representando uma linha de pensamento sobre como governar um país. E no meio dessa "guerra partidária" estamos nós, povo brasileiro, responsável por eleger os seus mais competentes representantes dentro e fora do país. Sim, cabe a cada um de nós analisar cada candidato para que, no dia das eleições, chegue às urnas com um voto consciente. Isso não é novidade para ninguém. Explique-me, entretanto, por que há manipulação de dados dos candidatos? Por que há perseguições contra manifestantes insatisfeitos com a política atual? Por que não pode-se criar debates dentro das salas de aula para que as crianças comecem a criar uma consciência política desde pequenos, e até mesmo mostrarem aos seus pais o que é uma corrida eleitoral e o que é o melhor para o nosso país?  
Não, criar uma consciência política nas pessoas faria com que essas questões e muitas outras fossem discutidas e assim não teria mais a compra de votos, a boca de urna não teria mais validade e os corruptos, pelo menos a maior parte deles, seriam destituídos de seus cargos de poder e seriam varridos do cenário político do Brasil. Incentivando a discussão política estaríamos extinguindo esse silêncio que reina sobre o país, que poderia ser chamado de falta de opinião no que refere-se à política.

Round 02: Futebol
Fui exposta à essa paixão brasileira desde muito pequena. Sou hoje e pelo resto dos meus dias Tricolor das Laranjeiras. E como boa torcedora gosto de discutir futebol com meus amigos. Sempre tem uma boa discussão, alguns palavrões saem às vezes, mas logo depois todos estão abraçados de novo e discutindo sobre a última fofoca entre as celebridades. Super saudável. Como deveria ser, mas, infelizmente, não é! O que vemos mais frequentemente nos jornais são notícias de pessoas mortas por torcidas organizadas. E são mortas por quê? Por terem uma opinião diferente, ou melhor, por escolherem torcer por um time que é o principal rival de outro determinado time, ou simplesmente por seu time ganhar o jogo. Tornou-se perigoso ir aos estádios hoje. O que antes era uma opção para as famílias, aos domingos, tornou-se um "lazer" que só pode ser curtido com escolta policial. Tenho uma vontade enorme de ver um Fla-Flu no Maracanã, mas dá coragem? E discutir futebol, no meio da rua, com os amigos, e com segurança, pode? É uma pena a resposta ser não! O futebol deveria unir, deveria trazer sorrisos e lágrimas de felicidade ou se sofrimento. Mas que esse sofrimento seja por ver seu time perder o campeonato, ou ser rebaixado. Nada além disso!

Round 03: Religião
Fé é a palavra da vez. As diversas religiões e filosofias nunca foram tão conhecidas como nos dias de hoje. Antigamente, falava-se somente em católicos e protestantes, no Ocidente, claro. Hoje, porém, conhecemos budistas, hinduístas. jainistas, islamistas, Hare Krishna, entre muitos outros. E quando falamos sobre religiões, temos dois extremos: por um lado temos o "comércio da fé" (assunto para um futuro post!), que investe pesado na divulgação de um modo de alcançar milagres. E do outro, temos o medo de que estoure a terceira guerra mundial se defendermos a punição dos islamistas que cometem ataques terroristas em nome de Alá, ou se nos manifestarmos contra os padres católicos que praticam pedofilia. Discutir esses assuntos? Só se for em um porão escuro na presença das pessoas mais confiáveis. E cuide, porque as paredes têm ouvidos! Então, eu posso comercializar crucifixos, Alcorões, Bíblias, estátuas de Buda à vontade, mas discutir sobre os prós e contras de cada, não? 
Concordo que cada um tem sua fé e tem o direito de acreditar no que bem quiser. Acredito, entretanto, que, a partir do momento que essa crença prejudica o próximo, tudo muda de figura. Deus é um só na minha visão e praticar o bem é tão mais fácil. Pra quê dificultar tudo?


Essa imagem roda o mundo há anos e demonstra muito bem o que estou querendo dizer. Fechamos a boca, os ouvidos e os olhos quando o assunto é "polêmico". Eu estudo muito para daqui a pouco estar em uma sala de aula. Eu quero educar meus alunos. E isso não significa ensiná-los como conjugar corretamente um verbo ou incentivá-los a ler um livro de Drummond. Quero muito mais: discutirei direitos humanos, respeito... Quero que eles formem uma opinião sobre tudo o que existe fora dos muros da escola. Precisamos que as futuras gerações cresçam conscientes sobre política, sobre respeito ao próximo, sobre fazer deste mundo um lugar mais harmonioso e justo! Precisamos, urgentemente, aceitar que uma opinião diferente não seja considerada um crime! 


A favor da liberdade de expressão e de opinião! 

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Expecto Patronum

Olá leitores mais lindos do mundo, como estão? Pensei que seria clichê demais falar de Harry Potter nessa semana, logo depois de ter ido às telonas a última adaptação, mas pensei melhor e conclui: Não é porque saiu o último filme que a história acabou, se isso não aconteceu com o lançamento do último livro, por que seria diferente agora? Então falarei um pouco sobre esse fenômeno mundial, alguns dos aspectos que eu mais gosto!

A história se passa na Inglaterra, o que por si só já é um luxo com todos os ônibus de dois andares e as cabines telefônicas, mas os cenários próprios da história são ainda mais charmosos e mágicos... Quem nunca sonhou em ser escolhido por sua varinha no Olivaras, passear pelas ruas de Hogsmeade e do Beco Diagonal, adentrar o Gringotes (De preferência sendo titular de uma conta cheia de Galeões de ouro, Sicles de prata e Nuques de bronze). E é claro, estudar em Hogwarts, passear pelos corredores “bem assombrados”, se perder nas escadas que se movimentam, visitar a cabana do Hagrid, e se possível, dar uma passadinha na Floresta Proibida, porque viver num mundo desses e não ter aventuras, não vale!

Outra coisa digna a ser mencionada são as vestes dos personagens, eu acho o uniforme de Hogwarts de extremo bom gosto, bem quentinho para os dias de neve e super estiloso. Eu quero! Não entrarei no médio dos suéteres que a Sr.Wealy tricota, eu queria um também, pode? E os trajes de gala são os melhores, o do Rony então nem se fala, é tão... Tradicional!

Um ponto que não pode passar em branco são os fatos típicos da magia: Poções e Feitiços. Eu queria saber conjurar um Patrono, preparar uma Poção Polissuco, Aparatar e Desaparatar, Conjurar as coisas. Claro que saber algumas Azarações seria um perigo em alguns momentos, mas eu correria o risco!

Um caso a parte são as guloseimas dessa história, olha só!

Feijõezinhos de todos os sabores de Bertie Botts. Esses feijões são essencialmente os mesmos que os trouxas possuem, mas são diferentes nos sabores, que só se encontram no mundo mágico. Os feijões foram criados pelo inventor Bertie Botts (1935 – presente) por engano. Sua finalidade original era criar doces gostosos, mas sem querer incluiu na receita um par de meias sujas. Botts reconheceu o potencial de vendas de um doce que apresentava “um risco com cada bocada”. NHAMI :~

Sapos chocolate: É um dos doces preferidos entre os jovens bruxos. Feito de chocolate, possui a forma de um sapo e é enfeitiçado para dar um pulo, o que o permite fugir de seu comprador as vezes. Vem com o tradicional Cartão de Bruxos Famosos. Ain, lembram do primeiro que o Harry achou? Com a figura do Dumbledore e que o ajudou a solucionar o caso da Pedra Filosofal? Pois é!

Pudins de Natal flamejantes: Um dos principais pratos no banquete de natal em Hogwarts. Olha só, comer no Salão Principal por si só já é um luxo, agora imaginem se deliciar com um pudim desses? Ah, eu quero, eu quero!

Cerveja Amanteigada: Bebida muito popular no mundo bruxo, que pode ser servida quente ou fria. Se os elfos a bebem ficam bêbados, mas não tem esse efeito nas pessoas. OK! Perdemos as contas de quantas vezes ela apareceu na história e nos deixou com vontade, né? HMM

Tortinhas de Abóbora: Uma das sobremesas servidas em Hogwarts, e mesmo que eu não goste de abóbora, sou obrigada a admitir que essas tortinhas me parecem deliciosas!

Hidromel é uma bebida alcoólica fermentada à base de mel e água, a proporção da produção é de uma parte de mel e duas de água. Consumida desde a antiguidade, sua fabricação é anterior à do vinho e seguramente à da cerveja. Ta bom, isso não pode ser consumido por jovens bruxos, mas bruxos também crescem, né?


Me empolguei com as guloseimas, mas é que é tanta coisa! Isso porque não mencionei as varinhas de alcaçus, as vomitilhas, os chocolates e todas essas coisas... Enfim!

Queria voar de vassoura, conhecer o Bicuço, não sei se conseguiria ver os Testrálios, mas acredito que os adoraria. Teria medo de Trasgos e Tronquilhos, e de saber que forma ganharia meu Bicho-Papão. Queria ter uma coruja (que é minha paixão mesmo aqui, fora da história). Conhecer um Elfo Doméstico, e os Dementadores... O que eu posso dizer dessas criaturas que me dão medo até aqui? Não quero ver nenhum, nunca!

Circular acompanhada de Dumbledore, temer Voldemort, conhecer Sirius Black, os Potter, os Weasly, estudar com Hermione. Ah! É fantasia demais para minha cabeça! O que eu posso dizer, para encerrar a conversa, é que me sinto uma criança quando entro no mundo de JK Rowling, e admiro demais isso. Desculpem, mas sei que faltaram elementos fundamentais aqui, quem sabe não faço a continuação? Espero vocês!

E, não saindo do clima, quero desejar Parabéns para a nossa Gabriela Kloth que comemora hoje 19 aninhos! FELIZ ANIVERSÁRIO, espero que tenha recebido minha coruja com as felicitações, hihi (l)

FELIZ DIA DO AMIGO *-*

Até a próxima, beijosmil :*

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Talvez eles nos entendam.

Todos nós já passamos por crises existenciais. Atire a primeira pedra quem nunca se perguntou: "Quem sou eu?" ou "Por que estou nesse mundo?", entre muitas questões similares.
Geralmente, tais crises ocorrem no período da adolescência, que é quando começamos a criar consciência da realidade que estamos inseridos e acabamos por questionar tudo. Muitos adultos, porém, ainda sofrem com isso. Em alguns momentos de nossa vida, quando nos deparamos com problemas tidos sem solução, produzimos esses tipos de pensamentos que ocasionam nessas perturbações mentais. Trabalho, faculdade, namorado (a), família, dinheiro... Todas as nossas responsabilidades quando adultos são motivos de dores de cabeça. Diante dessa situação, há quem procure um psicólogo ou um psiquiatra; há também quem recorra aos amigos mais íntimos, a um copo de uísque ou a uma sessão de filmes do Woody Allen que fazem a pessoa refletir durante dias. E há aqueles - e eu entro nesse rol também - que preferem os livros. A cada página, uma reflexão. Perfeito para quem gosta de ler. Particularmente, eu abomino os livros de autoajuda. Prefiro, com os olhos fechados, autores renomados (ou nem tanto) nessa área das fragilidades humanas. E não me venha falar de Paulo Coelho! Estou falando de autores como Caio Fernando Abreu, Martha Medeiros, Carlos Drummond de Andrade, Luis Fernando Veríssimo, Fernanda Mello, entre outros. Com suas crônicas e contos eles conseguem descrever com facilidade todos os conflitos internos do ser humano. Conseguem fazer isso com maestria, sem toda aquela melosidade, aquelas "Dez regras de como ser feliz". Não, nada disso!
Se me permitem, hoje quero mostrar um pouquinho do trabalho de três escritores.

Depois de todas as tempestades e naufrágios, o que fica de mim em mim é cada vez mais essencial e verdadeiro.

Caio Fernando Abreu, por exemplo, é um gaúcho que consegue expor temas inerentes ao íntimo humano, como a morte, a angústia e a solidão, de uma forma única, pessoal, conforme sua visão da vida (que mais parece a visão de todos). Ao ler suas palavras, sinto que ele expõe minhas preocupações, os meus delírios, os meus sentimentos mais profundos. E fico aliviada ao perceber que não são somente meus, mas que eram dele e que são de todos.
Eu indico esse amante das palavras aos meus amigos, àqueles que querem, por um instante que seja, tentar não se sentir sozinho diante desse mistério chamado vida!

O vídeo abaixo é uma pequena homenagem do Grupo RBS para Caio que, infelizmente, faleceu no ano de 1996, vítima do vírus HIV, e deixou um enorme espaço vazio nesse mundo.



O tempo não cura tudo. Aliás, o tempo não cura nada, o tempo apenas tira o incurável do centro das atenções.

Caso perguntem minha opinião sobre se há leituras só para mulheres e leituras só para homens digo, com toda a certeza, que não. Quando a obra trata, então, de definir sobre o caos que reina dentro de nós, minha opinião fica ainda mais fortalecida. Independe de sexo, raça ou credo, todos sofremos do mesmo mal: falta de respostas para nossos dilemas existenciais. Então, quando nos deparamos com uma obra escrita com o objetivo de tentar ajudar a entender um pouco sobre isso, ela deve servir para todos, sem exceção. Um exemplo perfeito de escritora que consegue com seus livros atrair a atenção do público masculino e feminino e ajuda a esclarecer suas eternas dúvidas a respeito desses assuntos, é a também gaúcha Martha Medeiros. Já falei um pouco sobre ela no post "Um gênero com personalidade", mas agora quero falar dela com a autora de uma obra divina (entre tantas outras dela) que se chama "Divã". A história de Mercedes, além de fazer todos rirem e chorarem, faz com que reflitam a respeito da forma como levam suas vidas e sobre as questões que nunca saem das suas cabeças. Martha escreve sobre a realidade tal como ela é, sem adornos ou desfalques. Suas crônicas são perfeitas todos os dias, durante toda a nossa vida, pois elas são um tapa na cara de quem as lê, o chacoalhão necessário para acordarmos para a vida antes que ela se vá e a gente só consiga dizer: Goodbye!

Conheça melhor Martha Medeiros:



O que eu acho é que o mundo precisa de pessoas apaixonadas. Por elas mesmas.

Vivemos atualmente em uma era digital. Com um computador ao alcance das mãos conseguimos fazer milagres. E é nesse meio informatizado que surgiu o nome de uma escritora que está ganhando seu espaço aos poucos no cenário da literatura contemporânea. A mineira Fernanda Mello fala sobre seus assuntos pessoais e traz reflexões muito interessantes através de suas palavras. Ela tem um livro publicado - "Princesa de Rua" -, mas foi através de seu blog http://fernandacmello.blogspot.com/ que ela vem conquistando a atenção e o respeito dos leitores brasileiros. Falando principalmente sobre relacionamentos, Fernanda fez uso de um recurso moderníssimo para divulgar sua opinião a respeito do assunto: vídeos. As chamadas "crônicas digitais" são uma forma de todos terem acesso na hora que quiserem de uma palavra de conforto e compreensão. Eu aprovo e indico.

Confiram com seus próprios olhos e ouvidos o trabalho de Fernanda Mello:



São escritores que, sem caírem nas armadilhas da autoajuda, conseguem explanar todos os assuntos que fazem parte da vida do ser humano. E é preservando essa essência natural de manterem suas personalidades através de suas palavras que conseguem escrever magnificamente as frases com maior sentido, que produzem impactos fortes, que são capazes de emocionar, de fazer-nos sentir profundamente o sentido daquelas palavras. 

Eu leio, eu indico!

Um forte abraço a todos vocês! =)