quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Com muito orgulho, com muito amor!

O que você vai ser quando crescer?
Todos já ouviram essa pergunta pelo menos uma vez quando ainda eram bem pequenos. Os adultos têm a estranha curiosidade de querer saber o que seremos no futuro.
"Eu serei grande!" deveria ser a resposta de praxe, porque não há como saber nossa profissão com 3 anos de idade. Nós mal sabemos os nomes das pessoas que convivem conosco, como vamos saber, então, a profissão que garantirá nossa sobrevivência até o fim dos nossos dias?
Quando, porém, já estamos inseridos no ambiente escolar, e começamos a ter experiências e adquirir conhecimento de mundo, podemos começar a formar uma opinião sobre a nossa suposta profissão. Suposta porque, na maioria das vezes, só vamos realmente decidir quando estivermos ali, cara a cara, com a situação. O vestibular, por exemplo. Conto minha própria experiência: sempre amei os livros e as palavras, mas como boa menina dizia que seria bailarina. Depois que comecei a "viver" dentro da escola, percebi que o que eu realmente gostava era de estar lá, ou seja, precisava fazer parte, de alguma forma, daquele ambiente. À medida que o meu amor pela Língua Portuguesa e a Literatura foram crescendo, fui percebendo que eu precisava ser professora, precisava não me desvincular jamais daquele lugar tão mágico que é a sala de aula. E essa minha certeza só foi sendo fortalecida pelo ótimos professores que tive. No dia da inscrição para o vestibular, porém, me inscrevi em Turismo e Lazer. Deixei-me levar pela opinião alheia, que dizia: Professor só sofre, não é valorizado... E toda aquela ladainha que você deve conhecer, e quem sabe até já deve ter dito, alguma vez. Fiz, então, o vestibular para Turismo e Lazer para a FURB, passei em 2º lugar, porém, dois meses depois, eu já estava na Praça do Estudante trocando de curso. O porquê? Eu não amava aquilo, eu não tinha tesão por aquela profissão. E amar o que faz é o primeiro passo para ser, além de bem-sucedido, feliz!
Hoje, estou no 4º semestre do curso de Letras e digo: não poderia estar em outro lugar fazendo outra coisa. Só em pensar que daqui há 2 anos estarei em uma sala de aula lecionando, mediando o conhecimento entre os meus alunos, um sorriso abre-se de canto a canto em minha boca.
Com esse papo sobre escolha de profissão e fazer o que ama, quero chegar no seguinte ponto: a visão que as pessoas têm em relação ao professor como profissional!

Eu e todas as outras pessoas que optamos por esse caminho sofremos preconceito, brincadeirinhas de mau gosto, tudo fruto de uma ignorância que pensa que profissionais de verdade são os médicos e os engenheiros.
Penso que profissional macho mesmo é o professor, que chega a arriscar sua vida para fazer aquilo que mais ama: ensinar. Sim, professores são ameaçados, espancados, e até mortos, mas não desistem da sua escolha de levar a cada pessoa um pouco de conhecimento e tentar mostrar a elas um caminho. Porque professores conseguem mudar a vida de alguém, são sinal de esperança para aqueles que já encontram-se desesperançados. São amigos, companheiros, confidentes. Assumem papel de pai, mãe, irmão. Um bom professor pode mudar o mundo ao seu redor!

Diante de tudo isso, eu digo: se não querem valorizar, não valorizem; se não querem considerar como uma profissão, não considerem; mas eu continuarei amando o que eu faço; continuarei lutando todos os dias para levar a quem precisa a luz do conhecimento e instigando-os a lutarem também para reverter a situação em que se encontra o mundo de hoje; continuarei dizendo em todos os cantos que estiver: EU SOU PROFESSORA, COM MUITO ORGULHO, COM MUITO AMOR!

Leia, reflita, opine: o que foi/é o professor na sua vida? Você realmente valoriza esse profissional que dedica a sua vida a ensinar e ajudar a quem precisa?


Futuras profissionais de Letras. Meus pontos de apoio nessa luta diária! 





quarta-feira, 21 de setembro de 2011

What is love?



Não há ser humano que não tenha se perguntado “Afinal, o que é o amor?” e hoje, inspirada por essa imagem e um e-mail que recebi da Nane há uns dias, darei minha humilde opinião sobre o assunto. Não que eu ache um ponto crucial entendê-lo, porque a beleza está em senti-lo, em todas as suas formas e facetas.

Para Camões, “amor é fogo que arde sem se ver; é ferida que dói e não se sente; é um contentamento descontente; é dor que desatina sem doer”, essa que talvez seja a mais famosa definição me agrada, sabemos que amor é realmente isso, um jogo antitético cheio de altos e baixos, nervosismos e querem bem. E não me refiro só ao amor romântico, mas também ao amor fraternal, paternal e maternal... E àquele amor que nunca morre: a amizade. Não há como negar, todos os amores que sentimos têm baixos para, quando voltarem, atingirem um pico mais alto, mais pleno.

Amor é um livro, é sorte, é um pensamento, é novela, amor é prosa. Isso é o que diz Rita Lee, na música na qual diferencia amor de sexo, mais uma vez, concordo. Tal qual um livro, um enredo envolvente, tão raro é o amor.

Para o Tribalistas o “amor é feio, o amor é lindo e o amor é livre”, para Cazuza “o amor é brega” e Roberto Carlos já disse que “o amor é a moda” enquanto, diz Tom Zé que “o amor é um rock, o amor é egoísta”.

Amy Winehouse disse que “o amor é um jogo de azar”, James Blunt acredita que “o amor é algo difícil”, para os digníssimos do Blink 182 “o amor é perigoso”, afirma NeverShoutNever que “o amor é nossa arma”. E, para os reis singelos, The Beatles: o amor é tudo que você precisa.

Questionadas sobre o que é o amor, crianças responderam as coisas mais lindas e que devem servir de teoria de vida, para Mathew, de 6 anos "Amor é quando alguém te magoa, e você, mesmo muito magoado, não grita, porque sabe que isso fere seus sentimentos". Chrissy, de 6 anos diz "Amor é quando você sai para comer e oferece suas batatinhas fritas, sem esperar que a outra pessoa te ofereça as batatinhas dela". "Eu sei que minha irmã mais velha me ama, porque ela me dá todas as suas roupas velhas e tem que sair para comprar outras" - Lauren, 4 anos. Danny, 6 anos entende que "Amor é quando minha mãe faz café para o meu pai e toma um gole antes, para ter certeza que está do gosto dele". "Amor é quando seu cachorro lambe sua cara, mesmo depois que você deixa ele sozinho o dia inteiro" - Mary Ann, 4 anos. "Não deveríamos dizer eu te amo a não ser quando realmente o sintamos. E se sentimos, então deveríamos expressá-lo muitas vezes. As pessoas esquecem de dizê-lo" - Jessica, 8 anos. "Deus poderia ter dito palavras mágicas para que os pregos caíssem do crucifixo, mas ele não disse isso. Isso é amor" - Max, 5 anos.

Acredito que não conseguirei formular um ‘conceito’ mais completo do que os que apresentei antes, mas vou expor minha opinião. Para mim, amor é cuidado, é querem bem. O amor é cúmplice, você apóia a outra pessoa mesmo quando ela está errada, não que você não vá explicar a situação e seu ponto de vista, mas vai estar à disposição para conversas e solução de problemas. Amor é sentir que suas almas encontram-se em algum ponto do firmamento, que as suas ações são parte de uma obra Maior, é ter a necessidade de apenas saber que esse sentimento existe, que ele é de verdade e que está ali para te servir como base, como plataforma para novas realizações. Muito além dos limites, dos cansaços, amor é sentir-se bem, completo e passar por momentos difíceis na esperança de algo melhor. O amor é tudo.

E para você, o que é amor? Deixo vocês com duas músicas lindas, cheias de definições.



Beijosmil, até a próxima!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Extra #20


E o meu peito poderia muito bem ser a tua moradia ♫

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Devia ter arriscado mais, e até errado mais... ♫

Noites de inverno são depressivas. Noites de inverno em centros urbanos são ainda mais. Raquel estava naqueles dias em que tudo dá errado. Levantou da cama e calçou os chinelos de pano trocados. Todo mundo sabe que isso é azar na certa. O leite cresceu e esparramou por todo o fogão, a torrada queimou, o jornaleiro não trouxe seu jornal, a luz do banheiro queimou. Seu carro não ligou, teve que pegar um metrô lotado, chegou atrasada no trabalho. O telefone não parou de tocar, sua concentração era zero, levou uma bronca do chefe. Os colegas de trabalho saíram para um happy hour e não a convidaram. Querem saber o pior de tudo? Era noite de sexta-feira e ela estava só. Há algo mais depressivo do que uma noite de inverno num centro urbano e você estar só? 
O sino da catedral marcava 18h. Raquel resolveu vagar pela cidade. Comprou um café no McDonald's mais próximo e caminhou, sem destino, pelas ruas da cidade. Já disse que era uma noite de sexta e que era inverno? Pois era, e ainda por cima nevava. Flocos finos e branquinhos. As luzes da cidade estavam acesas e mostravam as faces dos desconhecidos que também vagavam pela cidade, pois também eram pessoas que, numa noite de inverno, de uma sexta-feira, estavam sós. 
Raquel pensou na última vez que havia sentido calor humano. Um arrepio percorreu seu corpo e ela percebeu que estava sozinha havia muito tempo. O que ela não entendia era o porquê. Eu não disse, tenho certeza, de que ela era uma mulher no auge dos seus 28 anos, com seus cabelos castanhos com ondulações nas pontas, pele branquinha e olhos verdes do verde mais bonito que há nesse mundo. Inteligente, responsável, com princípios e valores familiares. Sendo assim, qual era seu problema, afinal? Pessoas assim geralmente são as mais requisitadas para festas, reuniões particulares, encontros e tudo o mais que uma noite de sexta-feira em um centro urbano pode proporcionar. Raquel era apática. Sim, isso mesmo. Esse era o seu problema: era uma mosca-morta! Tinha todas as suas virtudes e dotes, porém não era vista nem revista por ninguém, porque nunca se manifestava para nada. No escritório, ficava em sua mesa todo o tempo, não participava das conversinhas de cafeteira e muito menos dava risadinhas maliciosas para o chefe. Não era notada, não era lembrada.
Enquanto caminhava só nessa noite de inverno sob as luzes da cidade, ela tomou uma atitude: precisava mudar sua vida! Ela queria que os pedreiros da obra ao lado da sua casa a chamassem de gostosa, que o chefe a olhasse com malícia, que fosse convidada para todas as festas e viagens, que fosse dada a ela a oportunidade de ter todas as experiências possíveis, queria ousar. De repente não mais que de repente grudou um papel no seu pé. No primeiro instante ela xingou, pensando "mais isso agora?", mas como o papel não desgrudava de maneira alguma, ela o pegou na mão e o leu. Lá, dizia o seguinte:


Raquel percebeu, nesse instante, que essa seria sua última noite de inverno, em um centro urbano, sozinha. Ela queria mudar e não sabia como. Um pedaço de papel, entretanto, abriu sua mente e transformou a passiva moça de escritório. Raquel viu que a vida estava passando sob seus olhos e que as oportunidades estavam ali, na sua frente e ela só tinha que viver. Lembrou-se de uma frase que leu certa vez, mas que não tinha feito muito sentido para ela naquele momento, mas agora...: "A maioria das pessoas está plantando um trevo de quatro folhas enquanto a sorte está batendo na porta delas". Ela tinha todas as cartas na mão, só precisava se libertar de suas amarras e ser feliz!
Era uma noite de inverno, em um centro urbano. Mas foi a última para Raquel. Depois daquele dia, todos os dias eram de verão e o centro urbano era uma pista de dança com suas luzes sempre acesas, iluminando sua passagem!


PS.: eu queria, de alguma forma, explorar essa imagem que recebi esse dias de uma amiga. Ali, creio eu, está a chave para uma vida tranquila e feliz. Que sejamos, sim, responsáveis e que tenhamos em mente sempre nossos valores e princípios, mas que não sejamos escravos disso, para que no último dia de nossa vida nos arrependamos da vida que não vivemos! Precisamos ousar, precisamos viver, do meu, do seu, de qualquer jeito!


Espero que tenham gostado do continho!
Um abraço forte! =)